Desemprego atinge 11,8% da força de trabalho em setembro
O desemprego no trimestre encerrado em setembro ficou em 11,8%, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) Mensal, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. A taxa se manteve no maior nível da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, e que foi alcançada no trimestre encerrado em agosto passado. Há um ano, o índice estava em 8,9%. No segundo trimestre de 2016, período que serve como base de comparação, a taxa era de 11,3%. O total de pessoas sem emprego ficou em 12 milhões, também se mantendo no maior nível histórico, alcançado no trimestre no período de junho a agosto deste ano. O resultado veio um pouco melhor do que o esperado (11,9%), segundo mediana das projeções coletadas pela Bloomberg.
A taxa de desocupação estimada em 11,8% representa um crescimento de 0,5 ponto percentual em relação ao período de abril a junho deste ano (11,3%), que é usado como base de comparação pelo IBGE. Frente ao mesmo trimestre de 2015, quando a taxa ficou em 8,9%, o quadro foi de elevação bem mais acentuada.
— A situação está menos favorável ainda. Os dois primeiros trimestres do ano carregavam uma sazonalidade. A dispensa de trabalhadores temporários pode ter se estendido ao segundo trimestre por conta da crise. Mas, em setembro, quando a indústria já devia estar ligando suas turbinas para produção de fim de ano, ela continua demitindo. É preocupante — avalia Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
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