Imposto de Renda 2018: declaração conjunta ou separada?
A declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2018 começou nessa quinta-feira (1) e o programa para declaração está disponível no site da Receita. Uma das dúvidas mais frequentes é se vale a pena fazer a declaração em conjunto ou separado. Para Gilberto Bento Júnior, da Bento Jr. Advogados, o ideal é analisar cada caso individualmente e fazer simulações.
Segundo Bento Jr., existem várias situações a serem levadas em conta e resposta final sempre vai depender do caso de cada declarante. Porém, existem alguns padrões que podem ser identificados em muitos casos. Segundo o advogado, o benefício de apresentar declaração de IRPF conjunta é o fato de poder utilizar mais bens dedutíveis, no caso de casais que tenham muitos bens.
Por outro lado, se o casal possui rendimentos tributáveis acima do limite de isenção, a declaração conjunta não é tão vantajosa, uma vez que os rendimentos somados na declaração conjunta implicarão em imposto a pagar maior que o devido na soma do imposto das declarações individuais.
“Isso se deve ao fato de que, ao declarar individualmente, utiliza-se uma tabela para cada um, enquanto que na declaração conjunta os valores da tabela não são duplicados. Assim, pode acontecer de, individualmente, cada um merecer restituição, e na declaração conjunta serem obrigados a pagar imposto”, explica Gilberto Bento Jr.
Porém, a declaração em conjunto pode ser uma vantagem quando casais possuem despesas médicas elevadas, da qual não poderiam deduzir na declaração individual. Como despesas médicas não têm limite de dedução, a despesa elevada incorrida por um deles poderá trazer economia tributária efetiva na declaração conjunta.
Para o especialista, a melhor opção é fazer uma simulação antes de entregar todos os documentos necessários e ver qual opção trará mais retorno para o contribuinte.
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